Eu não Gosto de Brincar com minha filha, e me sinto culpada! Muitas vezes, na correria do dia a dia, é comum nos sentirmos sobrecarregadas com tantas demandas. Quando minha filha me chama para brincar, acabo dizendo que estou ocupada, e realmente estou. O tempo passa, as tarefas acumulam, e, quando finalmente vou deitar, sou consumida por um pensamento recorrente: “Sou uma mãe ruim por não dar atenção para ela.” Esse sentimento de culpa é doloroso, mas é também mais comum do que imaginamos.
Se você também sente isso, seja bem-vinda ao clube de mães cansadas e muitas vezes sobrecarregadas. Vamos, juntas, explorar esse assunto de forma mais profunda. Afinal, talvez você goste de brincar e ainda não tenha descoberto isso.
Por Que Não Gostamos de Brincar com Nossos Filhos?
Quando pensamos em nossa infância, muitos de nós percebemos que era raro nossos pais brincarem conosco. Eles estavam ocupados muitas vezes trabalhando, cuidando da casa ou lidando com outros desafios. Isso faz parte da cultura de muitas famílias e, inconscientemente, acabamos reproduzindo esse padrão. Não fomos ensinadas a ser adultos que brincam com crianças.
A boa notícia é que é possível mudar isso. Você pode aprender a brincar e transformar momentos do dia a dia em verdadeiras brincadeiras.
Desconstruindo o Conceito de Brincar
Muitas vezes, temos um conceito errado do que significa brincar. Pensamos que é algo estático, restrito ao uso de brinquedos ou jogos específicos. Por exemplo, já ouvi relatos de mães que, de tão exaustas, acabaram dormindo enquanto brincavam de boneca com suas filhas. Isso acontece porque, quando estamos sem energia, a criança percebe nosso desinteresse, e isso pode ser triste para ambas as partes.
Por outro lado, a brincadeira criativa é uma ferramenta poderosa para fortalecer a relação entre mãe e filho. Não é necessário algo elaborado; basta criar pequenos momentos de interação e participação no cotidiano. A criança fica feliz quando percebe que estamos presentes e nos importamos com ela.
Formas de Brincar de Forma Espontânea e Criativa
Transforme as tarefas do dia a dia em brincadeiras:
Depois do almoço, convide seu filho para organizar a cozinha de forma divertida. Você pode criar uma história sobre “chefs” ou inventar desafios simples. Isso transforma uma tarefa rotineira em um momento de conexão.
Inove na hora do banho:
Nem todos os dias precisam ser iguais. Você pode ocasionalmente usar brinquedos educativos ou aromas que estimulem o cognitivo e o sensorial da criança. Cante músicas ou conte histórias enquanto ela se diverte com a água.
Crie algo juntos:
Montar, construir e pintar são atividades que geram memórias afetivas. Aqui em casa, eu adoro escovar o cabelo da minha filha como se ela fosse uma boneca. Um dia eu sonhei com esse momento, e hoje ele é real. Quando valorizo essas pequenas coisas, ela sente o quanto isso é especial para nós duas.
Esteja presente nos momentos cotidianos:
Brincar não é apenas uma atividade física; é também sobre como falamos com nossos filhos. Demonstre respeito, amor e afeto em cada interação.
Troque o estresse pela solução:
Quando surgir uma situação desafiadora, como birras ou resistências, tente transformar o momento em uma oportunidade de aprendizado e diversão. Isso fortalece o vínculo e ensina a criança a lidar com as emoções de forma leve.
A Importância da Brincadeira no Desenvolvimento Infantil
Brincar não é apenas diversão; é essencial para o desenvolvimento de quatro dimensões importantes:
Social: A criança aprende a interagir e compartilhar.
Emocional: Brincar ajuda a expressar sentimentos e a desenvolver empatia.
Cognitiva: Estimula a criatividade, o raciocínio e a resolução de problemas.
Motora: Muitas brincadeiras contribuem para o desenvolvimento físico e a coordenação motora.
Quando mudamos nosso comportamento e incorporamos a brincadeira de forma leve e natural, quebramos ciclos de desconexão. Isso não apenas beneficia nossos filhos, mas também gera impactos positivos para as próximas gerações.
Conclusão: Brincar é Sobre Conexão
No final das contas, brincar é muito mais do que uma atividade; é uma forma de estar presente, de criar momentos significativos e de demonstrar amor. A criança não precisa de uma mãe perfeita, mas de uma mãe que se importa e busca estar conectada. Quando nos permitimos brincar, cuidar e sentir, estamos, na verdade, construindo um laço profundo e duradouro.
Portanto, comece aos poucos. Transforme pequenas rotinas em momentos de interação, seja criativa e lembre-se: você está fazendo o melhor que pode. E isso já é suficiente para seu filho sentir que é amado.❤️
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